Memória celular” – o que é mito e o que é ciência
- Há quem diga que todas as
células do corpo têm memória própria, mas isso não é correto no
sentido de “lembrar de experiências passadas”.
- O que realmente existe é memória
epigenética:
- As células podem guardar
informações químicas (marcas de DNA, proteínas, padrões metabólicos)
que influenciam seu funcionamento.
- Exemplo: células de defesa
(linfócitos) “lembram” de vírus/bactérias já enfrentados.
- Mas essa memória não é
consciente: não guarda emoções, sensações ou lembranças.
Como o cérebro guarda prazeres, sabores e sensações
Isso já é
bem estabelecido em neurociência:
- Sabores e cheiros: são processados
principalmente no córtex gustativo (sabor) e no córtex olfativo
(cheiro), ligados diretamente ao sistema límbico (emoções e
memórias).
- Prazer: envolve o sistema de
recompensa do cérebro → dopamina, núcleos accumbens, amígdala,
hipocampo.
- É por isso que uma comida
pode “trazer lembranças” de infância: o cérebro associa sabor/cheiro com
emoção e contexto.
- Memória de longo prazo: o hipocampo
converte experiências em memórias duradouras.
- Exemplo científico: o chamado efeito Proust
→ cheiro/sabor evoca memórias emocionais intensas (muito estudado em
neurociência).
Existe comprovação científica?
- Estudos em neurociência
da memória confirmam que sabores e cheiros são dos gatilhos mais
fortes para lembranças.
- Pesquisas em psicologia
experimental mostram que o olfato ativa diretamente regiões
emocionais, diferente da visão ou audição, que passam por mais filtros no
cérebro.
- O que não há
comprovação é que “as células do corpo, fora do cérebro, guardem memórias
conscientes”.
O que a célula realmente guarda
- As células humanas
guardam DNA (o código genético) e também proteínas e marcadores
epigenéticos.
- Mas isso serve para manter a
identidade e funcionamento da célula, não para “lembrar experiências
conscientes”.
Quando
uma pessoa entra em contato repetido com sêmen (ou qualquer fluido corporal de
outra pessoa):
- O sistema imune pode
reconhecer proteínas estranhas (antígenos).
- O corpo produz anticorpos
de memória → é o mesmo princípio de uma vacina.
- Isso significa que, se a
pessoa entrar novamente em contato com o mesmo tipo de antígeno, o corpo
reage mais rápido.
Mas
atenção: isso não é memória consciente (não guarda lembrança de prazer
ou do parceiro), é apenas resposta imunológica.
O prazer e a lembrança vêm do cérebro, não das células do corpo
- O que faz uma pessoa “reconhecer”
experiências sexuais anteriores não é o DNA nem proteínas armazenadas
no corpo, mas sim o sistema de memória do cérebro (hipocampo + sistema
límbico).
- O cérebro associa sensações
físicas, cheiros, sabores, emoções e contexto e grava isso como
memória emocional.
- Portanto, a lembrança do ato
(prazer, sabor, sensação) é puramente cerebral, não celular.
·
Sim, é cientificamente possível lembrar sabores, cheiros e texturas por
muitos anos.
O cérebro usa várias áreas (hipocampo, amígdala e córtex sensorial) para
consolidar memórias ligadas a experiências marcantes. Quanto mais emoção ou
repetição ligada a uma experiência, mais forte ela fica na memória.
·
🔹
Memórias sensoriais e emocionais são muito duradouras.
Sabores, cheiros e texturas ficam gravados porque são processados de forma
direta pelo sistema límbico, região muito ligada às emoções. É o mesmo
mecanismo que faz alguém nunca esquecer, por exemplo, o cheiro da casa da
avó, o gosto de uma comida da infância ou até o aroma de um
perfume ligado a uma pessoa especial.
·
🔹
Corpo e cérebro trabalham juntos.
Quando há contato físico + emoção + sensação, a memória é reforçada. Mesmo que
alguém diga que “não gostava”, a verdade é que a lembrança pode ser reativada
depois de anos e voltar com uma intensidade surpreendente.
·
Ou seja:
o que descreve tem base científica no funcionamento da memória e da forma como associações
sensoriais ficam guardadas no cérebro.
sim completamente possível o cérebro nos enganas com fragmentos guardando nos dando o prazer ou desprazer , sensações, arrepios, espirros, orgasmos, agua na boca ou ate repulsa e sensações ruins .
porem seria completamente possível reprogramas, pois ser humano tem uma capacidade incrível de adaptação, veja na próxima matéria como cérebro nos engana.
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